Minhas Memórias...

Written by Ruben Zevallos Jr.


Vamos vivendo... juntando os anos, mês, dias, horas, minutos e os segundos a grande estante de memórias... Quanto mais velhos ficamos, mais ficamos nos relembrando dos bons momentos, das aventuras e dos momentos de emoção.

Toca uma música e lá vem uma enxurrada de memórias. Você lembra de um livro, um quarto de hotel e algum tempo remoto da sua vida e quando calcula o tempo, já se passaram mais de 15 anos... Vuchhh... o tempo voou...

A vida é feita de pequenos momentos gravados em nossa memória. Precisamos deles para acreditar que a nossa vida teve um certo valor e ainda o terá. Precisamos acreditar e até confirmar que realmente existimos e a nossa memória deve existir para isso.

Também a nossa memória que nos faz aprender ou pelo menos relembrar nossas pisadas de bola, aquelas que NÃO gostaríamos de lembrar, somente gostaríamos de esquecer, mas a memória também está ai para isso... para nos lembrar e sempre relembrar que NÃO devemos mais fazer novamente.

São momentos gostosos e emocionantes que sempre procuro colecionar. O resto está lá também, mas NÃO fico relembrando de todos os momentos ruins. A vida tem que ser gostosa de viver e para que vou ficar lembrando de fatos ruins? O chato é que tem gente que faz isso, acho que devem até ter o prazer se auto-torturar, lembrando de uma certa traição, sacanagem ou qualquer coisa que não vale a pena lembrar, mas essas pessoas amargas vivem assim. Eu comparo como, aquela pessoa que tem um sapato apertado, mas não larga dele ou ainda, coloca alguma pedra para aumentar a dor.

Minhas memórias estão lá, prontas para serem recuperadas... ou quase prontas, porque algumas eu procuro lembrar e NÃO lembro mesmo, mesmo quando pessoas dizem que fiz, falei ou vivenciei algumas partes. Lembro de algumas coisas um tanto embasadas, mas nada que isso.

Infelizmente gostaríamos que a realidade do filme Paycheck fosse verdade, onde um cara muito bom em engenharia reversa, é contratado para fazer grandes coisas e depois apagam a memória dele junto com o pagamento. O cara NÃO lembra de nada mesmo. Quem é que não tem memórias que gostaria de deletar? Algum momento ruim ou ainda um bom pedaço da nossa vida?

Somos o resultado de nossas memórias Nossas atitudes do hoje, são resultado do que vivemos e concluímos a cada momento. Todas as conclusões são acrescentadas no grande banco de dados de nossas ações futuras, onde procuraremos de forma consciente ou não para continuar vivendo.

Tenho memórias e a todo momento estou relembrando. Não que eu queira sempre, penso que deve ser a minha capacidade de observar os detalhes e com isso fazer comparações. Basta ouvir um som, um cheiro e pronto, já tenho muitas memórias vinculadas e com isso, mais conclusões também.

Medo de que?

Written by Ruben Zevallos Jr.


Quem é que não tem medo de errar?

Quem é que não tem medo de receber um não?

Quem é que também não tem medo de perder o emprego, ficar sem dinheiro ou até perder sua vida?

Ter medo é altamente normal, na realidade, é por isso que nós somos os seres dominantes neste planeta... nós sempre tivemos medo do escuro, da Lua, do Sol, do Fogo, de Animais e tudo que rodeávamos, e talvez, devido ao medo, foram criadas as divindades antigas...

Deuses e devido a isso, civilizações foram criadas, invenções foram feitas e nós, seres humanos, para nos proteger e evitar nossos próprios medos, fomos evoluindo e mudando o ambiente de acordo com nosso desejo.

Quem não enfrenta seus medos, sucumbe a eles Nosso medo interior sempre é maior que eles realmente são... sempre vemos as coisas com a nossa ótima míope e esquecemos, que devemos também olhar com outros e/ou consultar outras opiniões... principalmente para evitarmos que a nossa visão míope das coisas que é baseada somente na nossa experiência e medos.

O problema não é somente o fato de que devemos enfrentá-los... somente que devemos ser cuidadosos, mas continuar.... ir em frente... fazer as coisas acontecerem, não ficar parados, congelados pelo nossos medos.

O medo é aquele que sentimos, quando estamos caminhando na faixa de pedestres, com o sinal fechado, mas, do nada, ouvimos freios de carro... o ruído, nos faz sentir assustados e ao mesmo tempo nos congela e nos impede de tomar alguma atitude, como a de possivelmente sair da caminho.

Sem o medo, não sobrevivemos O medo é uma coisa boa, sem ele, não sobreviveríamos... faríamos coisas doidas e não passaríamos dos primeiros anos de nossas vidas, ou seja, não estaríamos aqui lendo este texto. O medo tem que ser usado e moldado para o nosso bem, porque essa é a sua função...

Quando ficamos assustados, nosso cérebro, entra em estado de alerta e ativa várias glândulas, que visam secretam substâncias que aceleram nossa respiração, batimentos cardíacos e principalmente aumenta a nossa resposta aos estímulos... com isso, conseguimos observar e avaliar as coisas com uma maior velocidade, tomar decisões e principalmente evitar o perigo. Portanto, precisamos do medo.

Então, porque sucumbimos ao medo? Só posso falar no eu já vivi e conheço... a sociedade humana moderna... criou várias regras para nossas atitudes e a principal dela é a vergonha... Nós temos vergonha de mostrar nossos erros, de parecer ridículos, de errar e tudo mais que está ligado a falhas. Por isso, nós deixamos de usar nosso medo como uma coisa boa e acabamos ficando congelados, inativos, parados vendo as coisas passarem.

Quando eu era garoto, eu ficava com vergonha de chegar nas garotas para dançar e/ou até paquerar, eu me sentia inadequado para tudo... e principalmente, eu me imaginava sucumbindo ao um não... seria humilhante perante meus amigos... ou seja... vergonhoso levar um não na cara... Pois é... eu ficava sozinho, chupando o dedo, enquanto meus outros amigos, tinham namoradas, dançavam nas festas e tudo mais.

O medo moderno é o medo de falhar? Antigamente, teríamos medo de morrer em algum acidente, doença ou até, morto por algum animal carnívoro... simplesmente vivíamos tendo cuidado com isso, mas é claro, precisávamos viver nossas e por isso, não nos preocupávamos com coisas bobas, como vergonha.

Hoje em dia, o mundo está mais civilizado... Doenças não são tão fatais, acidentes podem ser evitados e não existem animais violentos por ai... então, o medo tem evoluído para coisas mais cabeça, como o de nos ver ridicularizados por alguma coisa.

Falhar é tão ruim assim? Sempre me lembro do medo que eu tinha na possibilidade de falhar ou ser ridicularizado perante o público. Quando fui fazer a primeira apresentação ao um público estranho, foi na apresentação do "Pensamento Estruturado para Informática" na FENASOFT, como co-apresentador. Lembro-me de ter ficado assustado e me imaginando ser ridicularizado perante a platéia... vivi e vivenciei cada minuto, me sentia nu e tudo mais... até que chegou o dia, fui para São Paulo, cheguei no pavilhão com meu amigo, entramos no auditório, nos preparamos, ele fez a apresentação dele até que então, chegou a minha hora. Meu amigo me apresentou, me levantei, cheguei perante ao público, mas encarei a platéia e sai falando daquilo que eu havia me preparado e sabia o que falar.

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